Resumo
Introdução: A dengue é uma doença febril aguda transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, sendo uma das enfermidades tropicais de maior relevância para a saúde pública. O Estado de Goiás tem registrado um aumento significativo de casos, o que ressalta a necessidade de análise de seu perfil clínico-epidemiológico. Objetivo: Descrever o perfil clínico-epidemiológico dos casos de dengue notificados entre 2018 e 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo e quantitativo, baseado em dados públicos obtidos pelo sistema TabNet – DATASUS. Foram analisadas variáveis como: faixa etária, gênero, sorotipo do vírus, mês de notificação, classificação final da dengue, hospitalização, evolução do caso, raça/cor, escolaridade, hospitalizações e óbitos mensais, além do número de casos por município na Região Metropolitana de Goiânia. Resultados: Durante o período analisado, foram notificados 541.485 casos de dengue, com aumento expressivo em 2022 e uma queda em 2020. O perfil predominante dos casos incluiu indivíduos do sexo feminino, pardos e com escolaridade de ensino médio completo. A maior incidência foi registrada entre fevereiro e maio, caracterizada por casos de dengue sem hospitalização, com cura e com predomínio do sorotipo 1. Destacaram-se na Região Metropolitana os municípios de Aparecida de Goiânia, Inhumas, Santa Bárbara, Santo Antônio, Nova Veneza e Goiânia. Considerações finais: A dengue continua a representar um grande desafio para a saúde pública em Goiás. É essencial que cientistas, profissionais de saúde, autoridades governamentais e a sociedade em geral unam esforços para enfrentar essa doença de forma integrada e eficaz.