Resumo
RESUMO
Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é uma das emergências médicas mais críticas, caracterizada pela interrupção súbita das funções cardíaca e respiratória, exigindo intervenção imediata. Apesar dos avanços nas manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP), as taxas de mortalidade permanecem elevadas. A interação entre os sistemas cardíaco, renal e circulatório exerce influência significativa sobre os desfechos clínicos, sendo essencial compreender essas relações para aprimorar o manejo do paciente pós-PCR. Objetivo: Avaliar os biomarcadores e fatores relacionados à parada cardiorrespiratória. Métodos: Estudo transversal, com pacientes de ambos os sexos, que evoluíram para PCR, sem etiologia específica e que foram submetidos a manobras de RCP, independente do desfecho, internados em um serviço médico de emergência. Resultados: No período analisado, foram identificados 133 pacientes que evoluíram com PCR, internados principalmente em unidades de terapia intensiva. Encontramos correlações entre comorbidades cardíacas e renais, demonstrando interação cardiorrenal. Os principais ritmos de parada cardiorrespiratória foram a assistolia e atividade elétrica sem pulso, com desfecho óbito. Os exames solicitados que apresentaram correlações com o principal desfecho foram ureia, proteína c-reativa e basófilos, todos elevados. Conclusão: Destaca-se desfechos desfavoráveis com predominância entre pacientes do sexo masculino, com idade avançada, comorbidades cardíacas e renais associadas, com maior prevalência em ritmos não chocáveis, associados a marcadores laboratoriais alterados. Embora os biomarcadores analisados tenham correlações modestas com desfechos como o óbito, sua utilidade potencial para identificar pacientes de maior risco deve ser explorada em estudos futuros.
