Palavras-chave
Saúde pública
Vírus da Imunodeficiência Humana
Resumo
Introdução: Desde os primeiros casos reportados de Vírus da Imunodeficiência Humana no mundo, por volta de 1981, até os dias atuais, foram inúmeros os casos de óbitos causados por essa doença, chegando a mais de 42 milhões de mortes. Tal doença leva o indivíduo à imunossupressão e consequente suscetibilidade a infecções oportunistas, com quase 40 milhões de indivíduos convivendo com essa enfermidade mundialmente. O Brasil contém cerca de 1 milhão desses indivíduos espalhados pelos estados, sendo importante a abordagem da saúde desses pacientes pelo Sistema Único de Saúde, no qual, conhecendo-se o perfil epidemiológico de cada região, pode-se abordar melhor essa população. Objetivo: Dessa forma, esse trabalho busca estabelecer o perfil epidemiológico dos casos de infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, residentes no estado de Goiás, com base em dados colhidos no Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde. Metodologia: Para isso foi realizado um estudo observacional descritivo, de corte transversal, a partir de dados secundários obtidos pelo Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde. Resultados: Foi contabilizado um total de 3.934 notificações pelo sistema no período de 2020 a 2022, havendo predomínio de indivíduos do sexo masculino (75,6%), entre 20 a 34 anos (48,3%), pardos (37,0%), com ensino médio completo (13,9%) e naturais de Goiânia. Uma visão geral dos dados revela predomínio da transmissão por relação heterossexual; porém, quando analisado por idade, há predomínio da relação homossexual em homens entre 20 a 34 anos, população com maior número de casos. Considerações finais: Destaca-se ainda que os estudos epidemiológicos são cruciais para direcionar ações de prevenção, diagnóstico e tratamento, otimizando recursos e atendendo às necessidades específicas da população local afetada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana.