ChatButton

PROBIÓTICOS E COMPORTAMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES AUTISTAS: QUAL A RELAÇÃO ENTRE ELES?
PDF

Palavras-chave

Microbioma Gastrointestinal; Comportamento Estereotipado; Eixo Encéfalo-Intestino; Suplementos Nutricionais; Transtorno do Espectro Autista.

Resumo

Introdução: Alterações gastrointestinais são frequentemente relatadas em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), frente a isso, o aumento significativo de casos no Brasil e no mundo convida as pesquisas a encontrarem tratamentos focados na melhora da disbiose neste público. É sabido que os probióticos são fundamentais para o equilíbrio da microbiota intestinal e melhora dos sintomas gastrointestinais. Além disso, pesquisas apontam a influência da saúde intestinal nos comportamentos por meio da via intestino-cérebro. Objetivo: Examinar o papel clínico da intervenção com probióticos em crianças e adolescentes com TEA. Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa baseada na pesquisa de artigos originais dos últimos 10 anos nos bancos de dados Web of Science e PubMed, nos idiomas português e inglês, utilizando as palavras-chave “Probióticos”, “Probiotics”, “Autism Spectrum Disorder” e “Transtorno do Espectro Autista”. Discussão: Estudos mostraram efeitos positivos e significativos (p<0,05) nos comportamentos associados a fala/comunicação, hiperatividade e comportamentos disruptivos. A suplementação de probióticos em crianças autistas resultou em redução dos níveis de bactérias e melhorias no quadro geral. A análise comparativa entre microbiotas de crianças autistas e não autistas indicou diferenças marcantes, sugerindo disbiose intestinal no TEA. Destaca-se a relação entre distúrbios gastrointestinais e comportamentais, com evidências de alterações na permeabilidade intestinal e no sistema imunológico. Os probióticos influenciam positivamente o funcionamento adaptativo e multissensorial em crianças com TEA. Conclusão: Conclui-se que os probióticos são possivelmente eficazes na melhora de alguns sintomas do autismo, principalmente ao utilizar os probióticos Lactobacillus acidophilus, delbrueckii e plantarum PS128 e Bifidobacterium rhamnosus.

PDF