Resumo
Introdução: A pandemia causada pelo vírus SARS-Cov-2, causador da doença COVID-19 promoveu em poucos meses um elevado impacto socioeconômico, aumento acentuado na incidência de óbitos, complicações e danos irreversíveis no quadro de clínico da população acometida, fazendo surgir a necessidade do uso emergencial de imunobiológicos. No Brasil foi aprovado inicialmente o uso das vacinas Astrazeneca e Coronavac. Toda vacina é passível de causar reações adversas, portanto se faz fundamental a notificação acerca de possíveis eventos adversos pós-vacinais. Objetivo: Analisar os ESAVI notificados das vacinas AstraZeneca e CoronaVac no ano da implantação do esquema vacinal no Programa Nacional de Imunização (PNI). Metodologia: Realizou-se um estudo transversal descritivo, por meio das informações presentes no banco de dados secundário originários da plataforma E-SUS Notifica. Os dados foram categorizados por variáveis-chave, e posteriormente analisados estatisticamente, utilizando o Excel Office 16. Resultados: 0,036% das doses de vacinas aplicadas em 2021 foram notificadas sob suspeita de ESAVI. A maioria das notificações foram realizadas por mulheres com faixa-etária entre 36 e 49 anos. Profissionais de saúde também contribuíram por relatar os ESAVI às autoridades sanitárias. No entanto, as gestantes foram o menor grupo (prioritário) que apresentaram e/ou notificaram alguma possível reação adversa. Conclusão: Pode-se concluir que a maioria dos ESAVI notificados não foram graves, com desfecho de cura sem sequelas, mostrando que a vacinação ainda é a melhor forma de diminuir os impactos causados por vírus.