Resumo
Introdução: Anualmente ocorrem 6,7 milhões de mortes por Diabetes Mellitus (DM) e suas complicações. Estas sequelas podem ser mitigadas com adesão, autocuidado e autoeficácia no tratamento. Objetivos: Analisar se a adesão às etapas da insulinoterapia em pessoas DM tipo 1 e 2 possui associação com a autoeficácia e estimar a prevalência da lipohipertrofia. Método: Trata-se de um estudo transversal analítico, realizado com pessoas com DM tipo 1 e 2 em uso da insulinoterapia atendidos e acompanhados em um centro público de atenção à pessoa com diabetes em Goiás, no período de maio a agosto de 2023. Resultados: A amostra foi composta por 97 participantes. Ao analisar a adesão das etapas da insulinoterapia constatou-se que o armazenamento, a reutilização das agulhas e o descarte são as etapas em que a maioria dos indivíduos ainda realizava de maneira inadequada. A taxa de adesão à técnica correta foi de 69,2%. Ao mensurar a autoeficácia da insulinoterapia na pessoa com diabetes, a média global foi de 1,75 pontos. A análise bivariada revelou que, ser jovem adulto (p=0,012), ter DM1 (p=0,021), não utilizar a insulina NPH (p=0,021), fazer uso da insulina do tipo lenta (p=0,024) e realizar a prega cutânea (p=0,033) foram associados a uma melhor autoeficácia. A prevalência da lipohipertrofia foi de 7,2% entre os participantes da pesquisa. Conclusão: Os indivíduos desta pesquisa apresentaram melhores habilidades de autoeficácia em preparar e aplicar a insulina. Além disso, a prevalência da lipohipertrofia foi baixa nessas pessoas e os piores resultados de autoeficácia estão relacionados à falta de confiança no gerenciamento da insulina.