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AVALIAÇÃO DO APORTE PROTEICO E DE INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS NO DESFECHO CLÍNICO DE PACIENTES CRÍTICOS
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Palavras-chave

Antropometria, Paciente crítico, Desnutrição hospitalar, Terapia intensiva

Resumo

Introdução: A terapia nutricional é uma das intervenções terapêuticas mais utilizadas em cuidados intensivos, quando aplicada de forma correta auxilia na diminuição de complicações metabólicas, no equilíbrio imunológico, além de amenizar a perda de massa corporal do paciente gravemente enfermo. Objetivo: avaliar a associação dos indicadores antropométricos e o consumo proteico com o desfecho clínico de pacientes críticos em uso de terapia nutricional enteral (TNE) exclusiva. Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo de caráter observacional analítico, com a utilização de dados de pacientes adultos e idosos em uso exclusivo de TNE desenvolvido em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT. Realizado por meio da coleta de dados secundários registrados nos prontuários de pacientes ≥ 18 anos, que receberam terapia nutricional enteral exclusiva por pelo menos 72 horas. Foi utilizado os indicadores antropométricos índice de massa corporal (IMC) e circunferência do braço. Para a estimativa das necessidades proteicas, foi considerada a recomendação da American Society for Parenteral and Enteral Nutrition. A adequação nutricional foi realizada por meio da coleta diária do volume da formula enteral prescrita e administrada. Nas analises, utilizaram-se testes paramétricos e não paramétricos e foi considerado significante p < 0,05. Resultado: Participaram do estudo 52 pacientes que estiveram em uso de nutrição enteral exclusiva internados na UTI no hospital por pelo menos de 72h durante a etapa de coleta de dados. Desses pacientes a maioria era do sexo masculino (76,9%), com idade média de 45,7 anos (DP=15,0, mínimo 20 e máximo 71). O tempo de internação médio foi de 12 dias. Os diagnósticos de AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) (46,1%) e COVID-19 (13,4%) foram os mais prevalentes. Foram identificados que quase 60% da amostra não tinham comorbidades e o desfecho clínico mais frequente foi a alta hospitalar. Conclusão: Neste estudo não foi verificado associações entre os desfechos clínicos avaliados (alta  ou óbito) com o aporte proteico ofertado e os indicadores antropométricos, assim também como não tiveram entre as variáveis demográficas e clínicas investigadas.

https://doi.org/10.22491/2447-3405.2022.V8.80017
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